Cerveja Caseira Amiga - Beer Brothers Jack in Black.

O universo das cervejas caseiras e artesanais cresce, e felizmente muita gente bacana está participando do movimento, permitindo uma ajuda mútua entre os cervejeiros caseiros, sempre em busca de um único resultado final, boas e ótimas cervejas.
A história desta Imperial Stout, feita pelo cervejeiro caseiro Rafael Pastore, retrata bem este espírito de amizade cervejeira. No mês de agosto, Rafael tinha programando uma brassagem para o último final de semana do mês, mas lhe faltava o malte chocolate. Assim, ele postou sua necessidade do insumo no fórum da Acerva Paulista. Acessei sua postagem, e como eu tinha disponíveis os 700 gramas de malte chocolate, prontamente entrei em contato, e enviei de Ribeirão Preto para São Paulo a malte que faltava para sua brassagem.
Dois meses depois, Rafael retornou com a informação que a cerveja já estava pronta para consumo, e me enviou uma garrafa de sua preciosidade.
O próprio cervejeiro caseiro Rafael Pastore descreveu sua "cria":
"O nome da cerveja é Beer Brothers Jack in Black, a graduação alcólica deve estar perto de 9,8% e possui 85 de IBU (Chinook e Warrior). Utilizamos 11kg de malte para 20 litros e a filtragem demorou cerca de 5 horas com fundo falso. Ela foi inspirada em uma cerveja que trouxe dos EUA que chama Older Viscosity da Port Brewing. A cerveja ja maturou por 4 semanas com carvalho hungaro e Jack Daniel então acredito que já esta pronta para o consumo, é só gelar e degustar. Já esta engarrafada a 3 semanas".
Foto: Harmonizando a BB Jack in Black com sorvete de chocolate e com queijo parmesão (Acervo Pessoal Tarcísio Vascão).

Minha opinião: Excelente Imperial Stout, aveludada, aromática, com corpo e espuma muito bom, cremosa, álcool bem perceptível no palato, notas de tostado e café incríveis e amargor suave e dentro do estilo. Harmonizou bem com o queijo parmesão, mas com o sorvete de chocolate belga ficou covardia, uma harmonização dos Deuses!

Parabéns ao amigo Rafael Pastore, continue fazendo cerveja e amizades, pois assim deve ser o universo cervejeiro, sem vaidades e rivalidades, todos remando na mesma direção desde rio "puro malte de cevada".

Em tempo: Os "Beer Brothers", autores desta preciosidade cervejeira, são formados por Bruno Pastore, Pedro Antonioli, Rafael Pastore, Rafael Zamora e Tiago Sayon.

Palestra com Gordon Strong.

A cidade de Ribeirão Preto recebeu nesta segunda-feira, dia 21, a visita de um dos maiores nomes da Cultura Cervejeira Internacional, o americano Gordon Strong. O evento aconteceu no tradicional Bar Cervejarium.

Presidente do Programa de Certificação de Juízes de Cervejas (Beer Judge Certification Program), Gordon Strong é o único juiz de cervejas do mundo com o título de Grand Master Level V Beer Judge e uma referência para cervejeiros de todo planeta. Não bastasse isso, é um dos maiores homebrews da história, tendo vencido o dificílimo campeonato norte-americano de cervejas caseiras por três vezes, isso mesmo, tricampeão americano!
Antes da palestra propriamente dita, Gordon acompanhado de João Becker (Cervejeiro da Colorado) resolveram fazer Melomel, já que as bebidas estilo Hidromel são outra paixão de Gordon Strong.

Foto: Melomel com mangas e hortelã (Acervo Pessoal).

Foto: Melomel feito a 12 mãos, preparando lichias, uvas e jaboticabas (Acervo Pessoal).

Foto: Colocação do fermento no Melomel (Acervo Pessoal).

A palestra, realizada em clima bastante descontraído, abordou temas cervejeiros diversos, desde os critérios de julgamentos da BJCP, dicas aos cervejeiros caseiros, discussão sobre estilos cervejeiros e informações sobre a Revolução Cervejeira que ocorreu nos Estados Unidos.
Alguns pontos e opiniões marcantes de Gordon Strong:
"O Hidromel é a bebida fermentada mais antiga do mundo, e pode ter surgido antes dos seres humanos!". Depois desta não poderia faltar uma degustação de Hidromel e Melomel.
Foto: Degustando Hidromel e Melomel - (Acervo Pessoal).

"Os homebrews brasileiros estão saindo na frente dos americanos, pois no início do movimento nos Estados Unidos utilizava-se extrato de malte, e aqui no Brasil já estão começando utilizando os grãos de cevada moídos, o que é muito melhor".
Outro elogio ao movimento no Brasil veio a seguir: "Estive no Festival de Cervejas de Blumenau, e de todas as cervejas que experimentei, nenhuma estava ruim, umas melhores que outras, mas não descartei nenhum copo, diferente de muitos festivais americanos, que as vezes não consigo tomar algumas cervejas".
"A aquisição de microcervejarias pelas grandes é um "câncer" para a cultura cervejeira, pois na grande maioria das vezes essas aquisições são apenas para abortar o sucesso de pequenas concorrentes, mantendo no máximo uma ou duas cervejas do antigo portfolio, muitas vezes com redução da qualidade, ou até mesmo retirando todas do mercado, muito ruim para todos nós, amantes das cervejas".

Foto: Momento da palestra (Acervo Pessoal).

Minha primeira pergunta foi sobre a avaliação das cervejas, se devemos mesmo ficar procurando os defeitos, ou seria melhor procurar virtudes nas cervejas. A resposta de Gordon foi: " Os julgamentos cervejeiros tem 3 etapas: a primeira é a das sensações e percepções da bebida, a segunda avalia se ela está dentro dos paramêtros BJCP de um específico estilo, e a terceira observa os possíveis defeitos e virtudes, fazendo-se a crítica, que não deve ser encarada como destrutiva".
Quando perguntei sobre o que ele achava de cervejas que são produzidas com 30, 40% de teor alcoólico, se elas podem ser consideradas realmente cervejas, ou se os processos de congelação e destilação deformam o conceito de bebida fermentada, ele respondeu: "existem cervejarias que estão mais preocupadas com o marketing, querendo chamar atenção a qualquer custo, este tipo de corrida a bebidas exageradamente alcoólicas presta um desserviço ao movimento cervejeiro".
Outro importante momento da palestra foi quando ele afirmou que o Brasil poderá ter sim, algum estilo de cerveja próprio dentro do BJCP, mas que para isso o percurso a correr é bastante grande, e além de ter paramêtros novos e diferentes dos já classificados, um possível estilo brasileiro deverá ter bastante gente produzindo e repetindo receitas, para que assim seja realmente comprovado o aparecimento de um novo estilo, capaz de ser classificado. Aproveitando a deixa, o anfitrião Marcelo Carneiro (Cervejaria Colorado) comentou que a repetição de receitas e brassagens com rapadura poderá ser um dos caminhos a se seguir para conquistarmos um estilo cervejeiro genuinamente brasileiro.
Finalizando, Gordon Strong confidenciou que essa sua viagem ao Brasil propiciou conhecer muitas novidades, fazendo abrir novos horizontes na sua percepção de cervejas e ingredientes cervejeiros. Que bacana!

Foto: Gordon Strong e Tarcísio Vascão (Acervo Pessoal).

Não posso encerar este post sem comentar sobre a simpatia e simplicidade do nosso ilustre convidado, realmente um grande estudioso do mundo cervejeiro e uma pessoa muito legal e divertida.
Cheers Mr. Gordon Strong !!!

Oktoberfest 2011 do Biergarten (Ribeirão Preto-SP).

Dia 29 de outubro aconteceu a terceira edição da já tradicional Oktoberfest do Empório Biergarten de Ribeirão Preto (SP). Uma festa sensacional, com cervejas dos mais variados tipos,caseiras, artesanais, brasileiras, internacionais, em garrafas e também na pressão.

Foto: Primeiros goles - Brooklyn Lager (Acervo pessoal).

As cervejas de garrafas estavam distribuídas por diversos freezers, repletos de delícias "puro malte", com destaque para a alemã Rothaus Pils e para a americana Brooklyn Lager, excepcionais !

Foto: Rothaus Pils (Acervo pessoal).

Garrafas a parte, as cervejas na pressão deram um show especial, com diversas opções e estilos, desde o leve estilo pilsen até as encorpadas e robustas IPA e Porter.

Foto: Excelente Red Ale da piracicabana Cervejaria Leuven (Acervo pessoal).

Foto: Alice Porter da escocesa Brewdog, eita tostado maravilhoso!! (Acervo pessoal)

Foto: James Blond Ale (Caseira do Gustavo/Marcelo/Vessecchi) e as da Cervejaria Dortmund (Schloss Witbier e Nostradamus)-(Acervo Pessoal).

A Oktoberfest do Biergarten consegue ser ao mesmo tempo uma festa cervejeira de primeira, mas que não deixa de ser familiar, com presença de muitas crianças divertidas.

Foto: A turma do guaraná, com uma excessão, rsssss... (Acervo pessoal).

Tive o privilégio de levar duas caseiras feitas por mim para degustação dos amigos, a Red Ale Chili Peppers em garrafas, feita com beterraba e pimenta malagueta, e a Weissco da Gama, segunda edição, uma "IPA Weiss" feita bem lupulada e com três lúpulos diferentes (Cascade + Styrian Goldings + Mt.Hood), esta servida na pressão.

Foto: Weissco da Gama plugada na torneira (Acervo pessoal).

Acompanhando as cervejas nada como deliciosos petiscos e música de bom gosto, primeiro uma banda tocando canções típicas alemãs, e depois uma moçada mandando ver no pop rock, muito Raul Seixas na veia !!

Foto: Brinde "rock and roll" com o Magrão da Cervejaria Colorado (acervo pessoal).

E como a festa foi realizada em Ribeirão Preto (SP), não poderia faltar o patrimônio cervejeiro da cidade, a Colorado Indica na pressão.

Foto: Colorado Indica (Acervo pessoal).


Parabéns aos amigos Gabriela e Marcelo pelo sucesso de mais esta Oktoberfest, e já esperamos ansiosamente pela quarta edição em 2012. Saúde!!!

Red Ale Chili Peppers.

O meu antigo desejo de fazer uma cerveja utilizando pimenta se concretizou com a brassagem da RED ALE CHILI PEPPERS.

Foto: Red Ale Chili Peppers no Empório Biergarten (Fonte: Gabriela).

A decisão de fazer uma cerveja fora dos padrões habituais do "puro malte", com ingredientes um tanto diferentes, não foi fácil, mas depois que decidi usar beterraba e pimenta malagueta a brassagem desta cerveja foi muito prazerosa e gerou uma gostosa ansiedade de conhecer o resultado final desta "brincadeira séria".
E como ela foi feita para ficar pronta para consumo no final de setembro, época do Rock in Rio, e tem pimenta na composição, decidi fazer uma homenagem a banda de rock californiana Red Hot Chili Peppers.

Foto: Red Ale Chili Peppers in Rio, abençoada pelo Cristo Redentor (Acervo pessoal).

Receita da Red Ale Chili Peppers:
Maltes: Pilsen Belga- 5 Kgs (80 %) + Cristal- 750 gramas (12 %) + Carahell- 500 g (8 %).
Água: Água do Sítio Guanabara (Neves Paulista-SP).
Lúpulos: Fuggle (4,30% a.a.) + Mt. Hood (3,50% a.a.).
Leveduras: Blended de T-58 + S-04.
Beterraba: 1 Kg (ralada).
Pimenta Malagueta Moída: 3 gramas.
Roteiro: Temperatura ambiente média de 29°C.
Introdução dos maltes à 50°C, caindo para 48°C, elevando para 55 °C e permanecendo nesta temperatura por 20 minutos.
Elevação para 65°C, permanecendo por 90 minutos.
Após 40 minutos a 65°C foi introduzida a beterraba.
Elevação para 78°C, permanecendo por 10 minutos para inativar as enzimas.
Fervura durante 70 minutos.
Introdução dos Lúpulos: Fuggle aos 30' + Lúpulo Mt.Hood aos 0' (término da fervura).
Introdução de 1 xícara de chá de açucar cristal aos 20'.
Introdução da Pimenta Malagueta aos 5'.
Aeração através da transferência da panela para o balde de fermentação (gravitacional).
Introdução das leveduras (com ativação prévia por hidratação do fermento).

Fermentação primária feita aos 18°C durante 10 dias.
Maturação feita aos 2°C durante 14 dias.
Segunda Fermentação na garrafa, utilizando acuçar, durante 10 dias.
Rendimento total de 22 litros, sendo todos colocados em garrafas de 600 ml.
Resultado final aproximado= Teor alcoólico de 5,5 a.b.v. com 12 IBU.

Visite o álbum abaixo e veja as fotos de momentos da minha caseira mais diferente, feita fora de padrões habituais e carinhosamente apelidada de "minha pimenteira". É só clicar no rótulo da RED ALE CHILI PEPPERS, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!



Veja mais publicações sobre a RED ALE CHILI PEPPERS em blogs cervejeiros especializados:
- Blog EMPÓRIO BIERGARTEN - 'Minha pimenteira" participando de uma degustação com uma galera que entende de cerveja de verdade.
- Blog Nomade Kraft Bier.
- Blog Pedro Cervejeiro (Curitiba-PR).

Pimenta nos olhos dos outros é refresco, no meu é CERVEJA, CHEERS !!!

1º Curso Avançado de Produção de Cervejas.

Piracicaba recebeu no último final de semana o 1º Curso Avançado de Produção de Cervejas. Organizado pela "A Turma" de Campinas e FATEC de Piracicaba, o curso teve a duração de 20 horas e contou com os seguintes palestrantes: - Fábio Teleguinski - Engenheiro de alimentos da Cooperativa Agrária e cervejeiro formado pelo Senai (Vassouras-RJ). - Rubens Mattos - Engenheiro Químico, Mestre em Engenharia Química, Doutor em Tecnologia de Alimentos e Mestre Cervejeiro formado pela Universidade da Califórnia. - Alessandro Orelli Junior - Engenheiro e Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Produção Sucroalcooleira da FATEC de Piracicaba. - Afonso Landini - Cervejeiro e proprietário da "A Turma Cerveja Artesanal" de Campinas (SP). - Carlos Magno - Cervejeiro e Proprietário da Microcervejaria Magnus Prime Beer.

Foto: Meu certificado de conclusão do curso (Acervo pessoal). O curso foi excelente, extremamente rico em informações cervejeiras, tanto no ponto de vista teórico quanto no prático, abordando desde os mínimos detalhes dos insumos cervejeiros, passando pelos processos, equipamentos, legislação, boas práticas e muitos outros detalhes. A palestra sobre Malte de Cevada feita pelo palestrante Fábio Teleginski foi simplesmente sensacional. Outro momento fantástico foi a apresentação do Cervejeiro Carlos Magno, que contou como foi sua transição da "panela" para a cervejaria, em um depoimento cheio de emoção. Todos os palestrantes, e os convidados do debate sobre Microcervejaria, ocorrido no sábado à tarde, mostraram a riqueza e complexidade da Produção de Cervejas,tanto caseiras quanto industriais, e certamente no domingo às 19 horas, quando o curso foi encerrado, estávamos exaustos, porém felizes e com um conhecimento infinitamente maior sobre o maravilhoso universo das cervejas. Visite o álbum abaixo e veja as fotos do curso. É só clicar na cevada abaixo, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!  Detalhe, baseado no conhecimento adquirido no curso, farei imediatamente algumas alterações em meu processo cervejeiro caseiro, além de providenciar novos investimentos em equipamentos para melhorar minhas brassagens. Show de bola !!

30 de Agosto - 2º aniversário de minha 1ª brassagem.

Parece que foi ontem, no dia 30 de agosto de 2009 realizei a minha primeira brassagem, ajudado do meu paizão, meu "co-piloto", nesta minha primeira aventura cervejeira. Fã da cerveja Guinness e das Stouts em geral, optei pela realização de uma cerveja dentro deste estilo, e o desafio e a insegurança de fazer a própria cerveja, rapidamente se transformou em prazer, em um dia delicioso ao lado da família, fazendo minha primeira cervejinha caseira.

A foto abaixo é do último exemplar da First Stout Beer, guardado carinhosamente há 2 anos.
Foto: First Stout Beer - arquivo pessoal.


Visite o álbum abaixo e veja as fotos de momentos da First Stout Beer, minha primeira cerveja caseira. É só clicar no rótulo abaixo, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!

Cerveja Chocoasis.

Um dos meus grandes sonhos iniciais como cervejeiro caseiro era fazer uma cerveja no estilo Oatmeal Stout com adição de chocolate. E o realizei fazendo a "CHOCOASIS", escolhendo o nome em homenagem ao OASIS, clássica banda de rock britânica da cidade de Manchester.

Foto: Chocoasis no "território" das Acervas durante a Brasil Brau 2011 (Fonte: Gabriela - Empório Biergarten).

Receita da Chocoasis:
Maltes: Pilsen Belga- 4 Kgs (61,57 %) + Vienna- 1 Kg (15,37 %) + Carahell- 500 g (7,69 %) + Chocolate Belga- 500 g (7,69 %) + Aveia em flocos- 500 g (7,69%).
Água: Água Mineral Bonafont.
Lúpulos: Galena (12,50% a.a.) + Mt. Hood (3,50% a.a.) + Cascade (5,50% a.a.).
Leveduras: Safbrew S-33.
Chocolate em pó - 200 gramas.
Roteiro: Temperatura ambiente média de 26°C.
Introdução dos maltes à 45°C, caindo para 43°C, elevando novamente para 45 °C e permanecendo nesta temperatura por 20 minutos.
Elevação para 56°C, permanecendo por 20 minutos.
Elevação para 65°C, permanecendo por 60 minutos.
Elevação para 72 °C, permanecendo por 20 minutos.
Elevação para 78°C, inativando as enzimas.
Fervura durante 70 minutos.
Lúpulo Galena- 20 gramas (60') + Lúpulo Cascade- 10 gramas (20') + Lúpulo Mt.Hood- 10 gramas (5').
Introdução do Chocolate em pó durante fervura (12').
Aeração através da transferência da panela para o balde de fermentação (gravitacional).
Introdução da levedura a seco (sem ativação prévia).

Fermentação primária feita aos 18°C durante 14 dias.
Maturação feita aos 2°C durante 14 dias.
Segunda Fermentação na garrafa, utilizando acuçar, durante 14 dias.
Rendimento total de 23 litros, sendo que 13 litros foram para as garrafas, e o restante colocado em um barril de 10 litros, para consumo na pressão.
Resultado final= Teor alcoólico aproximado de 6,0 a.b.v. com IBU 25.

Visite o álbum abaixo e veja as fotos de momentos da minha primeira caseira estilo Oatmeal Stout, com lindas fotos feitas por Fabrício "Full Pint". É só clicar no rótulo da CHOCOASIS, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!



Veja mais publicações sobre a CHOCOASIS em blogs cervejeiros especializados:
- Blog ALL BEERS. Saudações ao meu amigo Raphael !
- Blog FULL PINT BR. Saudações ao meu amigo Fabrício, que participou da brassagem da Chocoasis.

Amigos cervejeiros do Twitter também conheceram e degustaram a Chocoasis, como o Alexandre de Sampa, o popular @xispeto.

Foto: Chocoasis durante degustação de @xispeto.

E como a cerveja é um tributo a banda de rock OASIS, também foi comentada no Blog Reverbcity, site especializado em música.

Viva o rock and roll !
Viva as cervejas caseiras e artesanais !
Viva La Revolución !

Cervejas Degustadas - Falke Vivre Pour Vivre.

Foto: Tarcísio Vascão (tirada na minha segunda degustação da Falke Vivre Pour Vivre, realizada no Cantinho do Degustador de FullPintBR). Cerveja degustada em 06 de julho de 2011 (Brasil Brau 2011). Nome: Falke Vivre pour Vivre. Estilo: Lambic Fruit. Teor alcoólico: 4,7% ABV. Cervejaria: Falke Bier. País: Brasil. Temperatura ideal para consumo: 05 - 7°C. Copo ideal: Taça. Descrição comercial: Obra de arte cervejeira, estilo Lambic Fruit Beer, que tem jabuticaba na sua composição, e que foi maturada durante longo período, dando origem a uma cerveja complexa, inédita, orgulho do movimento cervejeiro brasileiro. Minha opinião: Cerveja sensacional, revolucionária ! Acostumados com as Lambics Belgas, temos a tendência de não acreditar que é possível fazer uma cerveja brasileira neste estilo, mas quando experimentamos a Falke Vivre Pour Vivre a reação é uma surpresa, e claro, um prazer imenso. Que cerveja maravilhosa e complexa. Começando pelo rótulo e nome, muito bem escolhidos, de extremo bom gosto e baseado no filme "Vivre pour Vivre"(1967), obra do diretor de cinema francês Claude Lelouch. A coloração vermelho-rosada aumenta ainda mais o seu impacto visual, e quando abrimos a garrafa, que delícia, uma espuma tênue e rendilhada, e o aroma de jabuticaba, frutas vermelhas e um "azedinho' bem interessante. O paladar é ácido e doce ao mesmo tempo, sem exageros, e a jabuticaba é bem perceptível. Cerveja de corpo médio, com ótimo drikability, deve ser tomada lentamente, sentindo no palato e nas papilas gustativas cada mililitro desta preciosidade. Recomendo como uma maravilhosa opção de um presente especial a quem você ama, podendo começar pelo Dia dos Pais que está chegando, risos !!! Foto: Tarcísio Vascão com Marco Falcone na Brasil Brau 2011 - (Acervo pessoal). Parabéns ao Marco Falcone e toda a galera da Falke Bier !

Brasil Brau 2011.

A cidade de São Paulo recebeu na semana passada o maior evento cervejeiro do país, a Brasil Brau 2011, feira de tecnologia cervejeira, e que teve o apaixonante "Degusta Beer", setor dedicado a degustação das preciosidades cervejeiras, com muitos lançamentos, destacando-se a "Colorado Grão-Pará" e "Falke Vivre pour Vivre", ambas maravilhosas.
Os cervejeiros caseiros também compareceram em massa, inclusive fazendo seu ponto de encontro no Stand das Acervas Brasil, certamente o local mais descontraído, e menos engravatado da feira. Inclusive tive a liberdade para levar algumas garrafas da minha caseira estilo oatmeal stout, a "Chocoasis", que foram degustadas pela galera.
Grande encontro também de amigos, muitos já conhecidos pessoalmente, e outros novos amigos de twitter e blogs, finalmente brindando cervejas no mundo real. Um grande barato!

Por motivos profissionais só compareci na quarta-feira, mas já valeu muito à pena, visite o álbum abaixo e veja as fotos da quarta-feira da Brasil Brau 2011. É só clicar na foto, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!

Brewdog na pressão - Viva os Escoceses !

A Escócia é tradicionalmente conhecida pelo seu incomparável whisky, puro malte mundialmente amado. Todavia, recentemente fomos surpreendidos por uma cervejaria escocesa, a Brewdog, que vem revolucionando o mercado cervejeiro internacional devido ao seu pioneirismo provocativo, com cervejas extremas, receitas maravilhosas e apaixonantes, bem com a cara rock and roll de seus jovens comandantes. Assim, a Escócia deixou de ser apenas a terra do melhor whisky, e hoje é um dos destaques cervejeiros mundiais.
O Empório Biergarten de Ribeirão Preto (SP), em uma iniciativa sensacional, colocou três torneiras com as "Brewdogs", e eu, um apaixonado pelas escocesinhas em garrafas não poderia de perder a oportunidade, ou melhor, o privilégio de degustá-las na pressão.

Foto: Brewdog na pressão, deixa qualquer um maluco ! (Acervo pessoal)

Iniciando a degustação, seguindo minha opção por elevação gradual e progessiva do IBU, dei inicio aos "serviços" com a 5 A.M. Saint, uma Amber Ale com 35 de IBU's e 5% de teor alcoólico. Fala sério, certamente uma das melhores (se não for a melhor!) cervejas na pressão que já provei nessa minha vida. Floral, aromática, frutada, equilibrada e com amargor clássico da Brewdog e da Escola Americana, simplesmente inesquecível. Certamente os dois lúpulos utilizados, Amarillo e Nelson Sauvin, são os grandes responsáveis por esta fantástica alquimia. Se possível, repetiria uma taça dela diariamente, sem a menor dificuldade !

Foto: Torneira da 5 A.M Saint (Acervo pessoal).

Em seguida subimos o amargor para 40 IBU's, com a Trashy Blonde, que tem um teor alcoólico mais baixo (4,1% a.b.v.). Apesar de ser muito boa, comparativamente considerei a pior das três, a menos equilibrada delas, mas certamente a repetiria também, pois mesmo ela está anos luz na frente de muito "chopp" (detesto este termo!) que já tomei. Feita com lúpulos Amarillo, Simcoe e Matueka, deve ser conhecida pelos cervejeiros amigos.

Foto: Torneira da Trashy Blonde (Acervo pessoal).

E terminando a sequência, subimos para 68 IBU's, chegando a esperada Punk IPA, uma India Pale Ale bem ao estilo americano, com teor alcoólico de 5,6% a.b.v. Valeu a expectativa, fantástica, mas certamente um pouco "agressiva" para aqueles que não são lúpulos maníacos (eu sou!!). Amargor intenso, nobre, persistente no retrogosto. Inclusive, voltando para casa ainda conseguia perceber um resto de amargor, incrível. Feita com os lúpulos Nelson Sauvin (esse lúpulo deve ser um dos segredos!), Simcoe, Ahtanum e Chinook, só perde para a 5 A.M. na questão do floral e aroma, mas também é dos DEUSES !!!

Foto: Torneira da Punk IPA (Acervo pessoal).

A coisa foi tão boa, que não resisti e repeti a dose, levando meu paizão para conhecer a Brewdog na pressão, e como ele adora uma cerveja lupulada, também aprovou as escocesinhas.

Foto: Repetindo a 5 A.M. Saint, agora com meu paizão (Acervo pessoal).

Obrigado Empório Biergarten pela iniciativa de trazer para o interior de São Paulo este "ouro líquido", e parabéns a galera dos "escoceses malucos" da Cervejaria Brewdog, vocês são demais, cheers !!!

Grandes Points Cervejeiros - Bar Frangó - São Paulo (SP) - Brasil.

Os apaixonados por "cervejas de verdade" que visitarem a cidade de São Paulo não podem deixar de conhecer o mais tradicional "templo" da cultura cervejeira paulistana, o Bar Frangó.

Foto: Parte externa do Frangó (Fonte: Fotos do Bar Frangó no Flickr).

Localizado no Largo da Matriz da Freguesia do Ó, o Frangó tem uma carta invejável de cervejas, inclusive com maravilhosas opções de grandes cervejas na pressão.

Foto: Cerveja La Trappe, holandesa, uma trappista servida na pressão (Acervo pessoal).

As opções gastronômicas também são fantásticas, e experimentamos duas de suas preciosidades, o frango grelhado aromático e a antológica coxinha de frango.

Fotos: Comes e bebes (Acervo pessoal).

As cervejas degustadas em nossa primeira visita ao Frangó foram:
- La Trappe - Holanda - servida na pressão.
- Guinness - Irlandesa - servida na pressão.
- Colorado Cauim - Brasileira - servida da pressão.
- Svyturys Baltijos Dark Red - Lituana.
- Duan Bianca - Italiana.

Foto: Guinness e Frangó, tudo a ver (Acervo pessoal).

Cervejeiro de verdade não pode deixar de conhecer o Bar Frangó, portanto quando visitar São Paulo, dê uma passada por lá, e tenha cuidado com as escadas, rsss...

EXTRA - EXTRA - Vascolorado no Vascervejarium - Vasco Campeão da Copa do Brasil 2011.

O C.R. Vasco da Gama sagrou-se, na noite desta 4ª feira, campeão da Copa do Brasil 2011.
Foto: caravela vascaína com Indica e Demoiselle na pressão.

E na noite fria de Ribeirão Preto não caberia comemoração sem brinde puro malte.
Assim, após o término da "Batalha de Curitiba", a caravela vascaína foi navegar no Bar Cervejarium para brindar com a Cerveja Colorado.

Foto: Vascooo!

Que beleza, Cerveja Vascolorado no Bar Vascervejarium, ... e sua imensa torcida é bem feliz !

Cervejas Degustadas - Baladin Super.

Foto: Tarcísio Rezende.

Cerveja degustada em 29 de abril de 2011.

Nome: Baladin Super.

Estilo: Belgian Golden Strong Ale.

Teor alcoólico: 8% ABV.

Cervejaria: Le Baladin.

País: Itália.

Temperatura ideal para consumo: 08 - 12°C.

Copo ideal: Tulipa ou Cálice Trappista.

Descrição comercial: (em italiano).
Nata per prima nella famiglia Baladin, la Super si ispira alle birre d'abbazia che interpreta creando da subito uno stile tutto suo. Raggiante nel bicchiere, ambra limpida tendente al rosso, profuma di frutti tropicali, di banana e marzapane. Armonia fatta birra che lascia un ricordo di frutta secca, tra cui, cercando, puoi distinguere anche aromi di mandorla. Beverina ed equilibrata, può trarre in inganno per l'eleganza con cui fa dimenticare i suoi otto gradi, ma è compagna ideale con il cibo come pure nelle serate in compagnia.

Minha opinião:
Grande representante do novo movimento cervejeiro italiano, a Super da Cervejaria Le Baladin é uma das excelentes cervejas que conheci nos últimos tempos, não devendo nada a muitas brejas das grandes escolas cervejeiras da Alemanha, Bélgica e Reino Unido. Sua apresentaçao é espetacular, uma linda garrafa dentro da tradição italiana de designers, elegante, e uma cerveja de coloração ambar, um pouco opaca e com uma espuma clara e de média persistência. O aroma é muito agradável, frutado, lembrando maracujá, frutas cristalizadas e até toques florais, com um corpo médio, talvez um pouco menor do que os das preciosidades belgas do estilo. O sabor é muito complexo, adocicado sem excessos, percebendo-se frutas, caramelo e discretíssima presença de madeira no final, com álcool bem marcante, inclusive no retrogosto (o que muito me agrada!), e um amargor discreto, porém adequado ao estilo Belgian Golden Strong Ale.
Cerveja ótima para presentear e ser presenteado.

Foto: Fabrício "Full Pint", Tarcísio Vascão e José Carlos Barcelos degustando a Baladin Super, uma unanimidade de elogios a esta "birra".

Diana's Firstborn Beer.

A minha primeira cerveja caseira no estilo English Barley Wine está pronta, após 36 dias da brassagem realizada em 23/04/2011.

Foto: Comemorando final da brassagem após inoculação das leveduras.

Receita da Diana's Firstborn Beer:
Maltes: Pale Ale - 1,560 Kgs + Munich- 500 gramas + Vienna- 1,870 Kgs + Pilsen- 4,210 Kgs + Carared- 510 gramas = Total de malte: 8,650 Kgs.
Água: Poço do Sítio Guanabara - Neves Paulista (SP).
Lúpulos: Galena (12,50% a.a.) + Styrian (3,20% a.a.) + Cascade (5,50% a.a.) + Flugles (4,30% a.a.).
Leveduras: US-05 (1 envelope) + T-58 (1 envelope).
Roteiro: Temperatura ambiente média de 28°C.
Início da moagem dos grãos às 08:30 hs.
Introdução dos maltes à 67°C, caindo para 61°C, permanecendo nesta temperatura por 15 minutos.
Elevação para 68°C, permanecendo por 80 minutos.
Elevação para 78°C, permanecendo por 10 minutos.
Fervura durante 70 minutos.
Lúpulo Galena- 10 gramas (60') + Lúpulo Styrian- 5 gramas (30') + Lúpulo Cascade- 10 gramas (15') + Lúpulo Flugles- 10 gramas (10') + Lúpulo Flugles- 11 gramas (0').
Ativação prévia das leveduras com água + 100 gramas de açucar.
Inoculação das Leveduras no balde de fermentação às 19:30 hs.
Fermentação primária feita aos 18°C durante 10 dias.
Maturação feita aos 2°C durante 17 dias.
Segunda Fermentação na garrafa, utilizando acuçar, durante 8 dias.
Rendimento total de 23 litros, sendo que 13 litros foram para as garrafas, e 10 litros divididos em 2 barris de 5 litros.

Foto: Primeiros goles, ao final da segunda carbonatação na garrafa.

Cerveja feita em homenagem ao Casamento Real Britânico, e mais precisamente a memória de Diana, sem fins comerciais.

Visite o álbum abaixo e veja as fotos de momentos da minha primeira caseira estilo English Barley Wine. É só clicar no rótulo da DIANA'S FIRSTBORN BEER, e depois clicar em apresentação de slides. Saúde!

Cervejas e Chocolate com Pete Slosberg.

O bar Cervejarium de Ribeirão Preto (SP) foi cenário de um grande encontro do mundo cervejeiro, recebendo a visita de dois mestres das cervejas, Pete Slosberg e Doug Odell, americanos que contribuíram diretamente para transformar os Estados Unidos na 4ª Escola Cervejeira do mundo, juntando-se a Bélgica, Alemanha e Reino Unido.
A noite comandada por Pete, também grande especialista em chocolates, teve como tema principal a Harmonizaçao de Cervejas com Chocolate.

Foto: Pete Slosberg e Tarcísio Vascão.

Convido os amigos cervejeiros a apreciarem as harmonizações da noite:

Foto: Aspargo branco com crocante de chocolate apimentado harmonizando com Colorado Cauim (Cerveja Pilsen).

Foto: Ostra gratinada em mouselline de limão siciliano e crosta de castanha do pará e cacau também harmonizando com a Colorado Cauim (Cerveja Pilsen)

Foto: Capelinni no tucupi com ovos de salmon e pimenta rosa harmonizando com Colorado Appia (Cerveja de Trigo feita com adição de mel).

Foto: Cordeiro com mole (molho mexicano) e favas harmonizado com Colorado Indica (Cerveja Estilo India Pale Ale).

O Brasil,infelizmente dominado pela cultura da pilsen comercial, acostumou-se com a idéia de que cerveja não combina com sobremesas, principalmente com chocolates. Quem nunca ouviu a expressão "obrigado, depois eu experimento, ainda estou tomando minha cervejinha", quando ofereceu uma sobremesa a um amigo ou parente.
Mude conceitos, inicie pelas cervejas estilo Porter, Stout e Imperial Stout, todas harmonizam maravilhosamente bem com doces de chocolate e café. Sugiro a harmonização de Petit Gateau com Cerveja Guinness, a tradicional Stout seca da Irlanda.

Foto: Torta de chocolate com frutas vermelhas e chocolates especiais harmonizados com Colorado Demoiselle (Cerveja Estilo Porter).

E no final do encontro um brinde com a fantástica Bodebrown Venenosa Imperial Milk Stout envelhecida em barril de Bourbon.

Foto: Tarcísio Vascão (cervejeiro caseiro), Patrick (mestre cervejeiro da Colorado), Doug Odell (cervejeiro histórico e proprietário da Odell Brewing Company), Marcelo Carneiro (proprietário da Cervejaria Colorado) e João Becker (mestre cervejeiro da Colorado).

Meus agradecimentos especiais a minha esposa Adriana, sempre companheira em eventos cervejeiros, ao amigão Fabrício "FULL PINT" e sua esposa pela ótima companhia e a Marcelo Carneiro pela maravilhosa receptividade do sempre excelente Bar Cervejarium.

E não poderiamos encerrar esta postagem sem comentar a simpatia e simplicidade de Pete Slosberg, posso afirmar tranquilamente que esse é o cara !


CHEERS !